Apagou-se o brilho de teu olhar
Corpo inerte que já não sente dor.
Lamento que ficou na lembrança
De quem a teu lado repousou sua esperança
De um dia verte caminhar a seu lado
Hoje presente e viva nas recordações
que ficaram tatuadas na nossa alma
que ainda chora silenciosa tua ausência
Ficou o cheiro de teu bafo cansado
O cheiro de tua pele, que ainda sinto
Conheci tua verdade crua
Entre os desvarios das tuas lembranças
E se o céu é o espaço reservado as almas de luz
Tenho a certeza plena que desde o alto dos céus
O teu olhar manténs nos que te amamos
Não choro tua partida. Pois até o teu ultimo folgo
A doença carcomeu teus ossos
A tua pregaria que a diário elevavas a Deus
Implorando misericórdia, fez-nos preparar ao instante
Que intuías próximo.
Apagou-se a vida no teu corpo
Mas não o teu passo pelas nossas vidas
Mãe, viva em mim, pois tenho de ti
A essência do que sou.
